Todos que entram para o mundo dos investimentos se deparam rapidamente com uma “sopa de letrinhas”:
Títulos Públicos do Tesouro Direto, CDB, LCI, LCA, CRI, CRA, LC, Debêntures, LF, Poupança, ações, fundos imobiliários, fundos multimercados, etc e mais etc.
Você provavelmente ficou confuso quando travou contato com esse monte de siglas a primeira vez, é tanta coisa que causa até ter causado uma aversão ao tema para você.
Mas eu queria decretar nesse exato momento que você teve a sorte de travar contato com alguém que tem como uma das paixões e missões de vida descomplicar as coisas.
Se tem uma coisa que eu gosto é de ser elogiado por ser alguém didático e ver a gratidão de pessoas com frases do tipo: obrigado por finalmente me fazer entender isso.
A partir de agora nós vamos começar a destrinchar aqui cada uma dessas siglas na melhor sequência possível e de forma ordenada para você aprender do jeito certo.
Inicialmente nessa aula rápida quero te dar uma visão do macro, vamos do afastado para o próximo com nossa lupa de aumento para que você entenda como cada coisa se encaixa, tudo bem?
Para início de conversa, você precisa entender que existem duas classes de investimentos ou aplicações financeiras:
– Investimentos em renda fixa; e
– Investimentos em renda variável.
Renda fixa
Investimentos de Renda fixa são todos os investimentos que tem regras de rendimento definidas antes do aporte naquele ativo. Chama-se renda fixa justamente porque a rentabilidade é previsível ou próxima a estimada (vai depender se o título em questão é pre ou pós fixado, mas veremos isso em uma próxima aula em breve).
A renda fixa é muito utilizada por investidores conservadores ou então por quem está se “aventurando” para fora da poupança pela primeira vez.
Também é muito utilizado por quem quer obter rendimentos com segurança e até viver de renda, pois através dela o investidor pode se programar, uma vez que sabe qual será rentabilidade final de seus investimentos.
Você consegue por exemplo se planejar para saber quanto conseguirá sacar por mês sem que o seu montante investido diminua.
É e conservador pois a segurança dessa classe de investimentos é muito maior do que os investimentos de renda variável, existindo inclusive mecanismos como por exemplo o FGC (esse mecanismo específico será abordado de forma completa em uma outra oportunidade) para impedir a perda do seu capital.
Justamente por serem investimentos conservadores costumam ser a porta de entrada para investidores que querem sair da famigerada poupança.
Então para você entender melhor como funciona a renda fixa:
Toda vez que você compra um título de renda fixa, você está nada mais, nada menos, do que emprestando dinheiro ao emissor daquele título (Governo Federal, banco, empresa ou financeira), e os juros pagos a você com o passar do tempo, nada mais são do que a remuneração que você recebe por emprestar seu dinheiro.
Os produtos de renda fixa são os:
– Títulos Públicos do Tesouro Direto;
– CDB (Certificado de Depósito Bancário);
– LCI (Letras de Crédito Imobiliário);
– LCA (Letras de Crédito do Agronegócio);
– CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários);
– CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio);
– LC (Letra de Crédito);
– Debêntures; e
– Poupança.
Renda variável
Investimentos de Renda variável são todos os investimentos cuja rentabilidade não é previsível. Estes investimentos podem variar para mais ou para menos sem seguir qualquer tipo de programação ou regra pré-determinada para isso.
Ao aportar seu capital nesses tipos de ativos, o investidor não sabe o quanto vai receber no momento do resgate.
Normalmente são utilizados por investidores mais arrojadas e agressivos em termos de investimentos, isso porque essas pessoas buscam retornos maiores, mas também se expõe mais ao risco por isso.
Entre os principais produtos da renda variável nós temos as:
– Ações;
– Moedas estrangeiras (que chamamos também de câmbio);
– Fundos imobiliários;
– Ouro; e
– Criptomoedas.
Agora que você já sabe o que é renda fixa e renda variável e seus principais produtos vamos em frente.