Por onde os investidores começam e para onde vão?

  Quais estratégias devo utilizar para a alocação e distribuição dos meus recursos financeiros?, devo investir tudo em Títulos Públicos do Tesouro Direto e outros ativos de renda fixa ou tudo em ações da bolsa?. Bom, antes mesmo de falar das estratégias a serem utilizadas queria falar um pouco sobre…confira completo logo abaixo

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Por onde os investidores começam e para onde vão?

 

Quais estratégias devo utilizar para a alocação e distribuição dos meus recursos financeiros?, devo investir tudo em Títulos Públicos do Tesouro Direto e outros ativos de renda fixa ou tudo em ações da bolsa?.

Bom, antes mesmo de falar das estratégias a serem utilizadas queria falar um pouco sobre o caminho que a grande maioria dos investidores costumam percorrer.

Entenda que antes de começar a investir em ações, câmbio, criptomoedas ou em qualquer outro ativo financeiro, você muito provavelmente começará “botando o pezinho na água”.

 

A famigerada poupança

É normal que todo mundo comece na famigerada poupança. Se você tem algumas economias guardadas e elas estão sem utilização, ou se você está juntando um pouco mais de grana para comprar algo é lá que você ou qualquer pessoa que não tem muito conhecimento acerca de investimentos costuma deixá-la.

Você deve ter ouvido falar da poupança desde pequeno através dos seus pais, depois pela televisão, os principais jornais e etc.

 

Botando o pezinho na água (Títulos Públicos do Tesouro Direto)

A poupança vai bem, até o dia que você percebe que o seu montante financeiro guardado não cresce lá essas coisas e sendo sincero consigo mesmo percebe que na verdade parece até mesmo que ele está estagnado.

Então você se pergunta se há algo mais rentável para você que não tem muito conhecimento sobre produtos financeiros: taca-lhe Youtube e influencers de finanças, livros populares de educação financeira, dica com algum amigo que já investe e aí descobre os títulos públicos do Tesouro Direto.

Como se trata da primeira vez que você vai tirar seu dindim da poupança para investir em algo fora você quer segurança e sua pergunta e busca em todos os meios na internet são sempre os mesmos: “investimentos que rendem mais que a poupança” ou então “investimentos que rendem mais que a poupança, com a mesma segurança”.

E aí é batata, quase todo mundo que está nessa migração deságua nos Títulos Públicos. Eles são os investimentos mais seguros do país e de quebra ainda rendem mais que a poupança.

É como se você descobrisse o Santo Graal, então você pensa: “como assim rende mais que a poupança e ainda é o investimento mais seguro do país?”, “por que eu não ouvi falar dele antes?”. Logo você migra um pouco do seu capital financeiro para lá.

Depois de alguns meses e superado aquele receio de coisas diferentes você descobre então que os tais Títulos Públicos fazem parte de uma classe de investimentos maiores chamado:

 

Renda Fixa

É aqui que a sopa de letrinhas começa: LCI/ LCA, CRI/ CRA/, CDB, Debêntures, LC e por aí vai.

“Meu Deus o que significa tudo isso?, é melhor ou pior que título público?, rende mais?, é mais ou menos seguro?, a partir de quanta grana posso investir nesses negócios?”.

Estudando essa classe de investimentos da renda fixa descobre que uns tem isenções de Imposto de Renda enquanto outros não, que uns tem proteção de algo chamado FGC (Fundo Garantidor de Crédito) outros não, que uns são emitidos por bancos, outros por empresa e etc.

O segredo aqui é não ficar engessado, por vezes uma LCI pode estar valendo mais a pena, por outras uma CDB. Você precisará estudar cada uma delas para aprender a tirar o que de melhor cada uma pode lhe oferecer.

A partir daqui temos um divisor de águas, para alguns não leva nem um mês, para outros mais de 1 ano. Chega novamente a mesma pergunta: “Tem alguma coisa que me paga mais que a renda fixa?”.

Então você descobre que existem ativos de renda variável, provavelmente a que você será mais bombardeado nas redes sociais sejam as ações da nossa bolsa de Valores.

Aqui um parêntese: independentemente de que fase você se encontre como investidor, provavelmente você nunca mais abandonará títulos públicos e outros ativos de renda fixa, mesmo que você estude muito ações e outros tipos de investimentos, e depois que você aprender mais sobre títulos públicos e que vivemos em um país que namora eternamente com os altos juros e inflação você vai entender o porquê, confia no que eu estou dizendo.

 

Ações

Aqui temos uma área da internet fervilhante e movimentada, são milhares de influenciadores falando sobre a ação do momento que vai bombar ou então os fundos de ações que mais tiveram sucesso no ano. Você deve resistir bravamente a vontade de sair aportando o seu dinheiro em ações seguindo essas dicas de influencers.

Muito cuidado ao investir em ações por conta própria, a grande maioria dos fundos de investimentos em ações com gestores profissionais e uma equipe especializada que vive de analisá-las não costumar bater seu benchmark, o índice Ibovespa.

Se os fundos de investimentos, com pessoal profissionalizado, todo um aparato de infra- estrutura adequado e informações privilegiadas não conseguem um rendimento maior que o seu benchmark porque você fazendo isso nas horas vagas e quase que como um hobby seguindo dicas na internet acha que pode superá-los?.

Portanto aconselho você a:

1 – Investir na bolsa inicialmente através de ETF;

2 – Caso tenha bastante confiança em algum fundo de ação específico e no seu gestor, somente aí migre para um fundo de investimento; e

3 – Só se você se tornar um profissional da área e viva de estudar o assunto invista por conta própria como pessoa física.

Provavelmente ao começar a entender mais sobre o assunto você se deparará com um muro: ações são indicadas para investidores mais arrojados e com estômago para aguentar oscilações mais forte do seu patrimônio.

Por este momento você começará a se questionar se você é um investidor mais agressivo ou mais conservador e aqui não existe certo ou errado, é tudo uma questão de perfil mesmo.

Apesar do potencial de ganhos substanciais e de forma acelerada, nenhum amigo seu ou pessoa responsável no assunto sugerirá para você que você migre todo o seu capital para ações, afinal os ganhos substanciais como eu disse acima são “potenciais” e não garantidos.

Ao se expor a ações você poderá sofrer perdas substanciais também, esse é o risco por você estar tentando rentabilidades maiores e essa é a regra do Risco x Retorno.

Para potenciais ganhos maiores você terá que se expor a risco maiores.

 

Diversificando a carteira de investimentos

“Mas então se sou conservador não posso alocar nada em bolsa?, afinal é arriscado, não é?”.

Tudo vai depender do seu grau de conservadorismo, o quanto você está predisposto a se expor ao risco. Não existe fórmula do bolo, ok?, veja aos testes de perfil de investidor que você preenche ao se inscrever em uma corretora de valores.

Um assessor nunca terá um carteira de investimento única para apresentar a todos novos clientes.

Após entender o seu perfil como investidor, um assessor financeiro sempre procurará montar uma carteira que lhe agrade e atenda, por vezes ele vai montar uma carteira 60% exposta ao risco e 40% exposta a ativos extremamente seguros. Em outras 20% exposta a ativos mais arrojadas enquanto os demais 80% de forma mais segura.

Dessa forma você pode e deve balancear a sua carteira.

 

Produtos financeiros mais arrojados

Se você for um eterno curioso, inevitavelmente irá se deparar com investimento em câmbio (moedas estrangeiras), criptomoedas e outros investimentos que já existem e podem vir a existir no futuro.

Se você estudar bastante e quiser alocar pequena parcela dos seus investimentos nesses ativos sem problemas, sempre tomando o cuidado de: alocar menos onde maior for a volatilidade e não dar “all in” se expondo ao risco da ruína.

Independentemente de tudo o que você travar contato, tenha sempre em mente comparar o Benchmark dessas classes de investimentos, ele indicará quais deles tem dado mais retorno ano atrás de ano.

 

“Alguma outra dica além do balanceamento de carteira?”

É justamente comparando todos os benchmarks que você vai perceber que o básico funciona. No momento em que escrevo esse texto, o CDI (Benchmark dos Títulos Públicos e da renda fixa) deu mais de 2x o retorno do Índice Ibovespa (Benchmark das ações) e olha que investimentos atrelados ao CDI são muito menos voláteis e mais seguros que ações.

Pode parecer paradoxal e muita gente que investe até a mais tempo não tem acesso a esse tipo de informação que acabei de expor, mas é verdade.

Isso ocorre porque ativos de renda fixa estão atrelados a Selic (juros da economia) e ao IPCA (Inflação) e a Selic por sua vez está atrelada ao CDI que baliza o rendimento da renda fixa e como eu disse lá em cima, o Brasil namora eternamente com esse índices nas alturas, por vezes até da uma folguinha, mas é batata, sempre retornamos para esse problema antigo.

Por fim, estude, nenhum dinheiro e melhor investido do que na sua própria educação, siga os melhores, leia livros, acompanhe canais e contas relevantes e vamos para cima!.